Ativista iraniana espera intervenção de Dilma contra execução de Sakineh
A execução da iraniana Sakineh Ashtiani não ocorreu hoje, como estava previsto
Dilma diz ser contra execução de iraniana e classifica condenação como "bárbara"
A porta-voz de uma organização internacional que luta contra a prática do apedrejamento disse esperar que a presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, intervenha para tentar evitar a execução da iraniana Sakineh Ashtiani, condenada à morte em seu país por adultério.
"Dilma é mulher, e conhece bem os problemas enfrentados por mulheres", disse a ativista iraniana Mina Ahadi, do Comitê Internacional contra Apedrejamento (Icas), por telefone, à BBC Brasil.
Ahadi disse saber que o Brasil tem bom trânsito com as autoridades iranianas, mas afirmou que ainda não teve conhecimento de nenhuma manifestação recente por parte do Brasil a respeito do caso.
A execução da iraniana estava marcada para esta quarta-feira, mas não ocorreu.
Ahadi disse que a execução não poderia mais ser realizada no decorrer do dia, porque "as execuções são realizadas no nascer do sol, e ela (a execução de Sakineh) não ocorreu".
Segundo Ahadi, a pressão realizada por governos europeus e pelo Parlamento da União Europeia na véspera da execução pode ter levado as atutoridades iranianas ao adiamento.
"Mas Sakineh contínua em grave perigo", disse Ahadi. "Ela pode ser executada nos próximos dias".
O Irã já havia anunciado a substituição do apedrejamento de Sakineh para enforcamento.
Na última terça-feira, a assessoria de imprensa do Itamaraty informou que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reforçou o pedido humanitário do governo brasileiro em favor de Ashtiani durante conversa com o chanceler do Irã, Manouchehr Mottaki, no dia 22 de outubro.
Na última segunda-feira, o Icas informou que as "autoridades de Teerã" haviam dado sinal verde para que a pena fosse aplicada nesta quarta-feira.
Pressão
Na última terça-feira, diversos Parlamentos europeus fizeram pressão contra a aplicação da sentença.
Em Paris, grupos ligados ao filósofo Bernard-Henri Lévi reuniram cerca de 30 manifestantes num ato de apoio à iraniana.
O secretário de Assuntos Europeus da França, Pierre Lellouche, disse ter pressionado Teerã para a revisão da sentença, que considera "uma autêntica barbárie de outra época".
O vice-premiê espanhol Alfredo Pérez Rubalcaba afirmou que fará "o que estiver ao seu alcance para evitar um crime dessa natureza".
Na Bélgica, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, pediu que o Irã impeça a execução de Sakineh e classificou o apedrejamento de "equivalente a uma tortura inaceitável".
Em Londres, o ministro das Relações Exteriores Alistair Burt ligou para o encarregado Safar Ali Eslamian Koupaei e cobrou notícias, mas o diplomata iraniano não confirmou a iminente execução.
A secretária de Estado americana Hillary Clinton também afirmou estar "profundamente preocupada" com os planos de levar a cabo a execução de Sakineh.
Clinton disse ainda que os Estados Unidos pedem que o Irã "suspenda imediatamente os planos de execução".
Adultério
O caso ganhou repercussão internacional em julho, e rendeu críticas severas ao governo de Mahmoud Ahmadinejad por violação dos direitos humanos.
Ashtiani, 43 anos e mãe de dois filhos, é acusada de participação no assassinato de seu marido e de adultério - o que é considerado crime no país.
O governo brasileiro chegou a oferecer asilo humanitário à iraniana, mas o pedido foi rejeitado por Teerã.
Parabéns pela corrente.Torcendo para que tudo seja resolvido da melhor maneira possível.
ResponderExcluirBeijos
Oi Joaninha. Infelizmente é o que acontece quando as bestas feras humanas se metem a querer falar por Deus!
ResponderExcluirAinda resta torcer e esperar que uma luz, venha sobre as autoridades do Irã.
Um abraço afetuoso, bjs.
Oi Xará!
ResponderExcluirTudo bem?
Menina, temos que agradecer a Deus por morarmos no Brasil né?
Pensou ser apedrejada? Nossa uma coisa da era muito longíqua e ainda existe no mundo de hj! óh Deus! tenha misericórdia.
Tô levando seu selinho!
Beijos amiga!
Joana Campos
Joaninha Parabens pela corrente em favor dessa mulher que teve o azar de nascer no Irão eu gostava de saber se fosse o presidente do irão a fazer o mesmo se era condenado a morte por apedrejamento.
ResponderExcluirBeijos
Santa Cruz
Olá minha linda Joaninha, venho agradecer cordialmente a sua visita em meu blog. Seja sempre bem vinda.
ResponderExcluirAbraço de amizade
Minha amiga muito querida!
ResponderExcluirEsse caso preocupa a todos aqueles que têm um coração, que acreditam em Deus, que amam e sofrem pelos seus irmãos, que sentem, que perdoam, enfim...
Como nós.
Que o bom Pai do Céu atente não para as frias leis que regem aquele país, mas que as intervenções de outras nações como o Brasil possam efetivamente colaborar para que Sakineh não seja executada!!!
Quem nunca pecou atire a primeira pedra...
Abraços grandes a você, esposo, filhos e às três lindas fofurinhas aí...
(Ah, e veja tb coment meu no post das menininhas, abaixo).